quinta-feira, 23 de julho de 2009

Eu fui em um clube de swing...e foi um horror! (Parte 1)



Texto enviado por Aline


MENSAGEM DE E-MAIL DE ALINE (XXX@hotmail.com)

Oi povo! Estou mandando um texto para o blog de vcs. Andei revirando o arquivo do Bigotron e acho q o meu texto serve para ser publicado aí. Será q poderia entrar na seção "Mulheres Sacanas"? Bem, sei lá. Isso é com vcs. Publiquem se acharem bom.

E um toque: foi a Catarina Guerra q me recomendou o blog de vcs.

E por favor, não divulguem meu e-mail!

Bjinho!

Aline


Me chamo Aline. Sou uma sulista com menos de 30 anos (não vou revelar minha idade, foda-se!) e bem resolvida sexualmente. Apesar de já ter aprontando de tudo, sempre tive curiosidade de fazer uma "coisinha", mas faltava coragem. Sendo curta e grossa: eu sempre tive vontade de conhecer uma casa de swing! Mas para encarar uma casa de swing havia problemas no caminho.

Primeiro problema: o que será que eu aprontaria em um clube de swing? Racionalmente, com a cabeça fria, eu só queria ver o que rolava lá dentro. Apenas VER, como uma boa voyeur. Mas...e se eu me animasse e quisesse participar das "brincadeiras"? Seria seguro? Teria risco de aids e DSTs? E se eu achasse alguma pessoa conhecida? Isso iria queimar o meu filme? Dúvidas, muitas dúvidas. Mas logo toquei o foda-se e percebi que na hora eu saberia o que fazer. Pensar demais antes só causaria dor de cabeça.

Segundo problema: quem me acompanharia numa aventura dessas? Namorado eu nunca chamaria, pois o cara poderia me achar uma puta tarada e ficar me olhando torto depois do convite. Chamar um amigo, nem pensar! Além do risco do amigo querer me comer, ele poderia muito bem espalhar pelos quatro cantos que foi numa casa de swing comigo e queimar meu filme com todo mundo (é incrível como no mundo de hoje só mulher se queima quando o assunto é putaria!). Então, quem eu chamaria? Teria que ser um cara em quem eu confiasse, que não tivesse qualquer envolvimento sentimental comigo e que não tivesse frescura para ir num lugar desses. Pensando bastante eu lembrei do Marcelo.

O Marcelo é um ex-ficante que acabou virando um amigão meu, daqueles que eu posso contar tudo sem medo de ser feliz. Ele também era bem vivido na putaria e já tentou ir numa casa de swing uma vez, mas rolaram imprevistos que o atrapalharam. Quando eu lembrei dele eu peguei logo o celular e marcamos um barzinho para papear.

Na mesa do bar o Marcelo se animou rapidinho com a idéia de me acompanhar em um clube de swing e ficou combinado que a gente iria no Clube X (não vou citar o nome do clube para evitar problemas) na sexta da próxima semana. Nesse dia rolaria a noite do bi feminino. Já fui avisando que só queria ver o que rolava no clube e que não estava disposta a entrar na putaria logo de cara. "Mas e se o clima esquentar?", perguntou Marcelo. Aí eu respondi que poderia rolar de tudo. "E eu vou poder te dar uns pegas?", perguntou ele. "Claro. Você já me pegou mesmo!", respondi. Preferi não comentar que eu tinha uma vontade secreta de ficar com outra garota. Não queria correr o risco dele se animar demais com a idéia e ficar me pressionando no clube pra que rolasse um menage. Queria que tudo rolasse naturalmente, sem pressão.

Sobre essa minha curiosidade bi, vale aqui uma rápida explicação: eu não tenho o menor tesão em mulher, mas sempre quis ficar com outra garota para ver qual era a graça disso. Todo mundo fala que que é gostoso, que o toque da mulher é diferente e eu queria saber se isso tudo era verdade. Numa casa de swing eu poderia ficar com outra garota de um modo rápido, sem ter que vasculhar na internet, sem ter que xavecar mulher por aí (eu morreria de vergonha disso) e sem correr o risco de ser taxada de "lésbica". Seria algo vapt-vupt num lugar propício para essas coisas. Perfeito para mim.

Na fatídica noite de sexta-feira, antes de sair de casa, senti um forte desânimo. Tive a estranha sensação de que a noite seria uma bosta, uma total perda de tempo. Pensei até em desistir do programa, mas como o Marcelo estava bem empolgado, resolvi não furar com ele. Tratei de ignorar meus pensamentos derrotistas (seria o meu sexto sentido apitando?) e peguei o Marcelo em casa. Demoramos quase 40 minutos de carro para chegarmos no Clube X, que se localizava numa chácara no cu do Judas. De fora o local era até bonitinho, mas quanto eu entrei...JESUS AMADO! Que lugar horrível!!!

O ambiente principal da casa é uma pista de dança, com mesas velhas espalhadas pela sala e um globo pendurado no teto. As paredes eram pintadas de vermelho."Que bregaaaaa!", pensei. No fim da pista havia um pequeno palco enfeitado com caquinhos de espelho, para dar aquele efeito "brilhante".

O local estava relativamente vazio e deu para notar de cara que muitos casais eram visivelmente armados (como nós!). Tinha um casal que era um velhote de 60 anos acompanhado de uma loira de vinte e poucos, que vestia uma saia tão curta que dava para ver sua calcinha. Outro casal era formado por um gordão quarentão com cara de nerd que andava a tiracolo com uma moreninha que usava um salto altíssimo e um shortinho jeans enfiado na bunda. "Esses coroas pegam essas putas e tentam enganar que são namorada deles. É tudo puta!", disse Marcelo. "Também notei isso", respondi.

Com esse ambiente animador a gente não sabia se sentava ou se ia embora. Nesse momento de dúvida aparece na nossa frente um negão musculoso de 1,90m, com dreads e vestindo um casaco com camuflagem de selva. Ele não vestia camisa por baixo do casaco. Também faltavam alguns dentes na sua boca.

- E aí, gente? Cês são novos aqui?
- Somos - respondi.
- Olha, o povo me chama de Feijão! Sou um dos responsáveis pela casa. Querem conhecer o ambiente? Eu apresento procês.
- Tudo bem.
- Então me acompanha. Cês vão se amarrar, véi!

Como eu ODEIO essa gíria "véi"...

Anyway, acompanhamos o tal Feijão pela casa. Primeiro ele apresentou uma salinha colada na pista de dança, onde havia alguns puffs e uma TV onde rolava filme pornô. "Aqui é pra galera bater um papinho e deixar o tesão enflorar" afirmou Feijão. Logo notei umas manchas brancas no puff bege. Pensei em perguntar para ele que manchas eram aquelas, mas desisti (a resposta seria mais do que óbvia). Continuamos acompanhando o host desdentado.

Na sequência ele nos levou para o "labirinto". Esse local era uma sala com várias paredes formando um labirinto medonho. As paredes tinham vários buracos, e pela altura em que estavam localizados dava para se deduzir o que o povo colocava ali. "De madrugada isso aqui ferve! Neguinho bota as coisas pra fora nesses buracos e o negócio esquenta", disse Feijão. "E cara, quem me garante que eu vou por o meu pau nesse buraco e vai ser uma mulher me chupando do outro lado? E se for um boiola?", perguntou Marcelo. "Mano, isso aqui fica escuro pra caralho mais tarde. Todo mundo quer é putaria e seja o que Deus quiser. Haha!", respondeu Feijão, risonho. Resumo da ópera: viados se chupavam naquela sala sem cerimônia. Que nojo!

Subimos as escadas e fomos para o andar superior, local onde havia os quartos de pegação. Em três quartos havia um vidro em que você poderia assistir o que rolava lá dentro. No restante dos quartos não havia nada disso. Esses seriam os quartos "privê", para as pessoas que não são exibicionistas. Por fim ele nos levou para a "dark room", uma sala escura onde havia a pegação coletiva. "Pois é, aqui ninguém é obrigado a fazer nada. Cês só fazem o que quiserem! Se alguém forçar a barra cês me dão um toque que eu dou uma prensa no sujeito", avisou Feijão. Em seguida ele voltou para a pista de dança para atender outros casais.

Logo voltamos para a pista de dança e percebemos que a casa já estava enchendo. A maioria dos casais era armada e uns poucos eram casais de verdade. Para completar a tragédia, quase todo mundo era feio pra chuchu, tanto os homens como as mulheres! "Essa noite promete", me disse Marcelo com um sorriso irônico.

Nos sentamos em frente ao palco na pista de dança. Haveria uma apresentação performática e queríamos ver de camarote esse show "estupendo". Segundo o aviso que estava no site da casa, o show seria estrelado por garotas "comuns", ou seja, garotas de casais que frequentavam a casa. Não haveria profissionais no palco. Tudo bem. Não demorou muito e o show começou.

Todas as garotas que tinham pinta de puta foram fazer o show. Pura "coincidência". Como era a noite do bi feminino eu imaginei que veria uma pegação entre a mulherada, mas o que vi foi um strip desanimado. Funk tocava no último volume e o Feijão tratava de apresentar as garotas como locutor de rodeio. "Rapeize, agora é a mina mais gata da náiti que vai subir aqui. Palmas pra Micheleeeeee!!! SEGURAAAAA!!!", gritava Feijão no microfone.

Lá pelas tantas Feijão estimula algumas mulheres da platéia para subirem no palco e interagirem com o show. Quatro gordas BARANGUÍSSIMAS sobem no palco. As garotas que estavam nuas começam a bolinar as gordonas, que logo retribuem os carinhos. Em segundos as gordas começam a tirar suas roupas e uma pegação horripilante começa. Mão aqui, mão acolá, língua aqui, língua acolá. "Acho que vou vomitar", disse Marcelo baixinho. "Eu também", retruquei. Para completar o show de horrores, Feijão sobe no palco e começa a bolinar as gordas. Uma das gordas, que já estava pelada, se anima e começa a tirar a roupa de Feijão. Feijão fica só de cueca e fica sorrindo e fazendo um sinal de "OK" para a platéia. "Será que ele quer mesmo convencer alguém de que agarrar essas barangas é algo realmente sensacional?", cochichei no ouvido de Marcelo. "Só pode", responde ele.

A gordinha de cabelo oxigenado, a mais empolgada das quatro, abaixa a cueca de Feijão e começa a chupá-lo. "Arghh!", pensei.

Continua...