sábado, 28 de março de 2009

Reinaldo Bruto , ditador do Brasil




(Post publicado originalmente no Buldozer em 2003. Fiz um upgrade no texto para postar aqui. Continua ruim, mas vai ficar assim mesmo. Fibra nessa porra!)

Eu tenho um sonho. Tenho o sonho de ver o Brasil como um país desenvolvido, possuindo uma tecnologia de ponta e dominando o mundo culturalmente. Tenho o sonho de ver o Brasil como um país de 1º mundo, exportando pão de queijo para os EUA, farofa pronta para a Alemanha e tênis Kichute para o Japão. Mas, para que esse sonho se torne real, só existe uma maneira: eu como ditador do Brasil! "Mas por quê ditador?", alguns podem estar se perguntando. Bem, a explicação é bem simples: não quero gastar vários anos da minha vida me filiando em partidos idiotas nem perder tempo ganhando nome em cargos políticos cretinos, como vereador e prefeito. Quero ser logo o presidente, e fim de papo! E foda-se essa merda de democracia e voto obrigatório.

Mas vamos aos meus principais planos de governo como ditador:


1) Eliminação de meus desafetos

Esse seria o meu 1º plano de governo. Eu mandaria capturar todas as pessoas que me encheram o saco ao longo desses anos. Nesse grupo entram as pessoas que tiraram onda com a minha cara, as pessoas que adoram dar bolo em encontros, os "amigos" que pegaram dinheiro emprestado e nunca me pagaram e os malditos artistas de semáforo (malabares, palhaços que vedem pirulito, etc.). Depois de capturadas, eu reuniria todas essas pessoas na Praça dos Três Poderes, em um dia de sol muito forte. Em cadeia nacional, mandaria meus desafetos se despirem e se deitarem no chão. Em seguida, mandaria um tanque de guerra passar em cima de todos eles, com a música Hunting high and low, do A-HA, tocando em volume máximo. Eu, com meu uniforme militar a la Fidel e óculos escuros espelhados, olharia a cena impassível. Depois de todos os meus desafetos terem sido esmagados (literalmente), olharia para a câmera de TV e diria:

- Cidadão brasileiro, não teste a minha paciência. O próximo pode ser você.

Para fechar a cerimônia, a banda militar tocaria uma versão instrumental de Beat it, do Michael Jackson.


2) Castigo para todas as mulheres que torraram minha paciência



Nesse time entram as mulheres que prometeram me dar o cu e não deram, as que me chuparam arranhando a glande com os dentes, as que deram mole falso e as que têm a buceta com gosto de queijo. Com essas moças eu seria menos cruel. Capturaria todas e pediria que meu "desbravador da honra" violasse elas por meses a fio, com direito a coito anal sem lubrificação e fisting. Meu "desbravador da honra" seria um pedreiro angolano, com um talento de 25cm, devidamente vestido de Pikachu. A figura infantil do Pikachu, juntamente com a agressividade angolana, causaria um trauma devastador em minhas vítimas.

3) Criação de novas armas de destruição em massa



Todo ditador que se preze tem que ter um bom arsenal a sua disposição. Esse arsenal pode ser usado tanto para invadir algum país vizinho como para ser testado na própria população civil. Com isso, contrataria craques no assunto, de preferência cientistas militares israelenses e russos para a criação de armas com a cara do Brasil. Já tenho até algumas idéias: destroyers com propulsão a álcool, bicicletas-bomba para ataques terroristas, Kombis de churros transformadas em baterias anti-aéreas e armas químicas armazenadas em garrafas pet. Isso sim seria um arsenal do mal 100% Made in Brazil.

4) Acabar com a superlotação das cadeias públicas



Resolver esse problema seria fácil. Eu, como ditador, invadiria algum país vagabundo, como o Paraguai ou a Bolívia. Como pelotão de frente, eu colocaria presidiários equipados apenas com capacetes (de moto) e facões para invadir o país inimigo. Para deixá-los excitados para o combate, liberaria o consumo de cocaína e crack no front. "Mas eles serão massacrados!", você pode estar pensando. Sim, o objetivo é esse mesmo. Além de eliminar mais de 90% da massa carcerária, eu também aproveitaria para testar o meu arsenal Made in Brazil, citado no tópico anterior. Uma idéia de mestre.

5) Criação de masturbódromos e Fucking Machines

Como um bom ditador, adotaria a política do pão e circo para entreter o povão. Como o brasileiro se amarra em uma boa putaria, criaria duas formas de entretenimento do caralho (sem trocadilhos): o masturbódromo e a Fucking Machine. O masturbódromo seria nada mais que um barracão de madeirite com telhado de amianto. Dentro dele existiriam cabines para o punheteiro se esbaldar com a beldade que fosse fazer strip no palco central. Seriam apenas mulheres famosas, como Rita Cadillac e Tammy Gretchen. A entrada no masturbódromo seria de R$ 1,50 e o tempo de permanência no estabelecimento seria de no máximo 3 minutos. Assim, o fluxo de pessoas seria bem alto e renderia uma boa grana. Tudo bem que o cheiro de porra ficaria insuportável, mas o povão que se lasque. Luxo não foi feito para o povão!

Por ultimo, teríamos a Fucking Machine. Essa máquina seria exatamente igual a uma máquina de refrigerante, com uma única diferença: teríamos uma pessoa dentro, chamada de "Fuckete". Ao inserir a grana (R$5,00), um compartimento na máquina iria se abrir e a bunda da "Fuckete" ficaria à mostra. Feito isso, o cliente teria o direito de se divertir com aquelas nádegas por um tempo máximo de 2 minutos. A camisinha poderia ser comprada na mesma máquina, por R$2,00. Passados os 2 minutos, a bunda do "Fuckete" seria recolhida e o compartimento se fecharia com o auxílio de uma lâmina, para afugentar os clientes mais afoitos. As Fucking Machines seriam colocadas em locais que tenham um grande fluxo de pessoas, como pontos de ônibus, igrejas e entradas de hospital.

As Fucking Machines teriam também uma versão para o público feminino, onde os "fucketes" seriam posicionados de frente. O que seria feito com os instrumento de trabalho dos "fucketes" ficaria por conta da freguesia.

6) Educação sexual nas escolas

Todos nós sabemos que o número de adolescentes grávidas aumenta a cada dia em nosso país. Pensando nisso, o meu governo ja tem uma solução: a educação sexual nas escolas. Para evitar que esse monte de adolescentes acéfalos comecem a trepar feito cães, nada mais justo que eles tenham aulas de educação sexual desde crianças, de preferência a partir de 6 anos de idade. E nada de aulas babacas que ensinem como o pênis ejacula, ciclo menstrual, o desenvolvimento do feto e essas baboseiras que a criançada aprende na rua mesmo. A educação sexual em meu governo será mais direta e hardcore. Para acabar com a gravidez de adolescentes, incentivarei a pratica da masturbação e o lesbianismo entre as adolescentes. Para ajudar as adolescentes mais tímidas na arte de chupar uma buceta eu contrataria celebridades craques no assunto para algumas palestras, como as cantoras Adriana Calcanhoto e Simone. Para as aulas de masturbação masculina, eu contrataria apenas experts, como os fãs de Arquivo X e Senhor dos Anéis. Aliás, iria escolher um dia do ano para se comemorar o "dia da punheta". Nesse dia, eu escolheria uma escola primária e faria uma visita surpresa. Ao entrar na sala de aula, eu mesmo daria a aula de masturbação, com direito a uma demonstração explícita do ato. Logicamente que nenhum aluno poderia gozar antes de mim, pois seria executado no mesmo instante.


7) Linha férrea Brasília-Fernando de Noronha

Todo ditador tem pelo menos uma obra faraônica para mostrar a onipotência do Estado. Eu ja escolhi a minha: a linha férrea Brasília-Fernando de Noronha. O objetivo dessa obra é ligar Brasília (a sede do meu governo) a Fernando de Noronha, o lugar mais bonito desse país. Seria a primeira linha férrea transatlântica do mundo! E para construí-la, nada mais justo que utilizar o trabalho forçado dos inimigos do Estado, como intelectuais pró-democracia, pseudo-intelectuais, malabares de semáforo, indies e toda essa escória underground. Logicamente que eles iriam trabalhar em um turno de 18 horas por dia e sem equipamentos de segurança. O objetivo dessas medidas você já deve saber: que eles morram mesmo. Mas eles morreriam construindo uma obra faraônica, o que não é para qualquer um.



Reinaldo (ao centro) em reunião extraordinária
no Palácio do Bigode



8) Apresentações excêntricas no "dia do ditador"

Eu quero ser um ditador que permaneça na memória dos brasileiros por gerações. Com isso, vou instaurar o "dia do ditador" em 28 de março (dia do meu aniversário), e irei fazer apresentações inesquecíveis em cadeia nacional. Algumas das idéias de apresentações em cadeia nacional:

- depois de fazer um discurso patriótico de 5 minutos, começo um show de sexo explícito com a minha primeira-dama, com direito a fisting, ball busting e tudo o que eu tiver direito. No final, digo que aquilo foi feito em homenagem aos heterossexuais do país e aproveito para chamar os câmeras e equipe de apoio para um segundo round de sexo com minha amada esposa.

- faço um discurso patriótico de 3 minutos e chamo o meu "desbravador da honra", devidamente vestido com a fantasia do Pikachu. Em seguida, mando entrar a atriz pornô Sylvia Saint, e digo que ela está no país como uma maneira de estreitar os laços diplomáticos entre o Brasil e o leste europeu. Terminado o meu discurso, ela veste uma daquelas calcinhas com uma pica de borracha e come o angolano.

- ao entrar em cadeia nacional eu ficaria mudo e estático por 15 minutos. Depois, me levantaria e iria embora. Ao me levantar, as pessoas iriam notar que eu estaria nu da cintura para baixo.

***

Em breve eu publico meus planos de governo no campo da economia e política externa.